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Fuvest 2025: romance “Água Funda” aborda cultura caipira e desigualdade social

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Obra debate também o racismo e as transformações na sociedade brasileira do início do século XX

“Água Funda” é um romance escrito por Ruth Guimarães, uma das primeiras escritoras afro-brasileiras a alcançar reconhecimento na literatura nacional. Publicado em 1946, o livro aborda questões como racismo, preconceito e a luta por identidade em uma sociedade marcada pela desigualdade racial.

Segundo o professor, autor de materiais para o sistema Anglo de ensino e mestre em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) Maurício Soares Filho, “Água Funda” contribui para a representatividade e visibilidade da cultura afro-brasileira na literatura nacional.

“Essa discussão a respeito das questões sociais, da exploração do trabalho, da busca pelo lucro desenfreada, independente das condições do trabalhador, isso constitui uma das grandes vantagens, dos pontos positivos do livro. É essa mistura tão fluída, os causos populares da linguagem, da discussão sobre as crenças populares em relação ao folclore, das questões sociais”, analisa.

Nascida em Cachoeira Paulista (SP), Ruth Guimarães vive até os 18 anos entre o Vale do Paraíba, no paulista, e o Sul de Minas Gerais.

“Considerando a idade que ela tinha, a pouca formação, o lugar específico em que ela vivia, quer dizer, longe de um grande centro, com poucas relações que transcendessem aquele espaço, e, ainda assim, com todas essas limitações, ela se revela uma autora de muitas qualidades”, explica Filho.

O contato com lendas é uma das marcas que Ruth Guimarães leva para a literatura. Em “Água Funda”, o personagem Joca sai em busca da Mãe do Ouro, figura folclórica conhecida nessa região.

“A Mãe de Ouro é capaz de se transformar numa bela mulher, é capaz de se transformar numa bola de fogo e enfeitiça qualquer um que olhar para ela quando ela estiver ali na proteção dos bens”, apresenta o professor.

No podcast, Maurício Soares Filho aponta ainda alguns recursos estilísticos do livro, como a valorização da linguagem e da cultura caipira.

O professor aborda também a importância da escolha da obra para o vestibular da Fuvest. “A hegemonia branca do pensamento e da cultura acabou. Ela não nos satisfaz mais. Ela está, no mínimo, precisando urgentemente dividir espaço com a cultura negra, com todo esse universo indígena. Eu preciso ampliar a minha percepção do que é ser brasileiro, do que se fala aqui, quais são os temas que nos são caros. Acho que ‘Água Funda’ contribui nesse sentido, conclui Filho.

Crédito da imagem: Pintura de fazenda de café do Vale do Paraíba – José Rosael / Hélio Nobre – Museu Paulista da USP

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Segundo o professor, autor de materiais para o sistema Anglo de ensino e mestre em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) Maurício Soares Filho, “Água Funda” contribui para a representatividade e visibilidade da cultura afro-brasileira na literatura nacional.

“Essa discussão a respeito das questões sociais, da exploração do trabalho, da busca pelo lucro desenfreada, independente das condições do trabalhador, isso constitui uma das grandes vantagens, dos pontos positivos do livro. É essa mistura tão fluída, os causos populares da linguagem, da discussão sobre as crenças populares em relação ao folclore, das questões sociais”, analisa.

Nascida em Cachoeira Paulista (SP), Ruth Guimarães vive até os 18 anos entre o Vale do Paraíba, no paulista, e o Sul de Minas Gerais.

“Considerando a idade que ela tinha, a pouca formação, o lugar específico em que ela vivia, quer dizer, longe de um grande centro, com poucas relações que transcendessem aquele espaço, e, ainda assim, com todas essas limitações, ela se revela uma autora de muitas qualidades”, explica Filho.

O contato com lendas é uma das marcas que Ruth Guimarães leva para a literatura. Em “Água Funda”, o personagem Joca sai em busca da Mãe do Ouro, figura folclórica conhecida nessa região.

“A Mãe de Ouro é capaz de se transformar numa bela mulher, é capaz de se transformar numa bola de fogo e enfeitiça qualquer um que olhar para ela quando ela estiver ali na proteção dos bens”, apresenta o professor.

No podcast, Maurício Soares Filho aponta ainda alguns recursos estilísticos do livro, como a valorização da linguagem e da cultura caipira.

O professor aborda também a importância da escolha da obra para o vestibular da Fuvest. “A hegemonia branca do pensamento e da cultura acabou. Ela não nos satisfaz mais. Ela está, no mínimo, precisando urgentemente dividir espaço com a cultura negra, com todo esse universo indígena. Eu preciso ampliar a minha percepção do que é ser brasileiro, do que se fala aqui, quais são os temas que nos são caros. Acho que ‘Água Funda’ contribui nesse sentido, conclui Filho.

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